O London Eye é como a Torre Eiffel. Um bocadinho mais novo, mais pequeno, mas cujo interesse urbanístico e estético deixam muito a desejar. Se a Torre Eiffel já faz parte do contorno paisagístico de Paris, o London Eye é, em quatro anos, parte da visão que se tem das margens do Tamisa na City. Ambos são um monte de ferros entrelaçados cujo objectivo principal é mostrar do ar a visão que se tem da cidade, que para além daquilo poucas ou nenhumas elevações de terreno tem.
Mas é isso que faz da Torre Eiffel e do London Eye monumentos tão importantes. E acima de tudo obras de engenharia de características inigualáveis. E por isso a Torre Eiffel tem mais de cem anos e o London Eye, se calhar, também os terá.
O único problema destas coisas é que estão sempre cheias de turistas e custam os olhos da cara. Mas provavelmente só se visitam uma vez na vida (Bem! Já fui duas vezes à Torre Eiffel). E a vez [Domingo, 17 de Outubro de 2004] que visitei o London Eye, foi única e nem estava muito cheia de turistas. Só uma meia dúzia de americanos e uns brasileiros com quem partilhámos a cápsula.
E Londres visto do ar, ao entardecer, já com as luzes acesas torna-se numa cidade deslumbrante. Ali ao lado das Casas do Parlamento e o Big Ben, junto ao Tamisa, é impossível não se ficar deslumbrado. Foi o que aconteceu nesse voo da British Airways (o London Eye é propriedade da BA).
No final da volta da roda gigante é dito nos altifalantes da cápsula que irão nos tirar uma foto e que nos aproximemos das laterais Este e Oeste, onde estão as câmaras. Os nossos companheiros de voo aproximaram-se do lado Oeste e eu fui para o lado Este. No momento que o flash disparou, tinha o casaco sobre a cabeça. Ninguém me perguntou se podia tirar a minha fotografia. Não dizia em lado nenhum que a minha imagem ia ser usada para fins lucrativos da empresa.
Quando descemos da cápsula e passámos no guichet onde se compravam as ditas fotografias (por uns ridículos £7.50), que estavam a ser mostradas em écrans de televisão, lá estava a fotografia do meu casaco. Bem feita!
Depois sim, rumámos a casa do RE&M e daí para Reading. Era demasiada coisa para um fim-de-semana só!
E este que se avizinha vai ser também de arrasar com o corpinho e a mente deste vosso escriba e respectiva companheira de aventuras. Hoje [Quinta-feira, 21 de Outubro de 2004], daqui a cerca de cinco horas, estaremos a descolar de Heathrow com rumo à antiga, mui nobre e sempre leal cidade invicta. Amanhã [Sexta-feira, 22 de Outubro de 2004] acordaremos na Veneza portuguesa e dormiremos na capital de Trás-os-Montes e Alto Douro. Sábado [23 de Outubro de 2004] rumaremos à Suíça portuguesa, para a razão principal da nossa viagem, o casamento do, meu grande amigo, Pedro Soares com a sua donzela encantada, Ana. Domingo [23 de Outubro de 2004] almoçamos em terras do Lidador e à tarde voltaremos ao Reino de Sua Majestade. Promete!
Se falhar a crónica de segunda-feira [25 de Outubro de 2004] já sabem... |