Não! Hoje não vou escrever sobre Yoga, asanas ou torções de coluna. Já houve
quem se queixasse e me perguntasse se haveriam mais crónicas sem ser de
yoga. Eu até já tinha começado a escrever umas coisas sobre aqui o
escritório e os meus colegas, mas sem luz vai ser difícil aceder ao ficheiro
que está no disco do PC. Deixo isso para quando voltar de férias.
Sim! Amanhã vou de férias e só volto a 31, como dia 30 (segunda-feira) é
feriado por estas bandas. E por falar em bandas esse é o fim-de-semana do
famoso festival de Reading que não vamos assistir por diversas razões, mas a
principal é porque estamos na Irlanda.
Neste momento a direcção da empresa decide se vamos embora, por hoje, ou
não. A decisão sai daqui a 5 minutos. Lá fora está sol e troveja. A maioria
do pessoal já se foi embora ou está lá fora a aproveitar os poucos raios de
sol. Eu aproveito para vos escrever num teclado do tamanho da palma da minha
mão. Quem será mais maluco?
No entretanto apareceu aqui a Jo C., cujo último dia na empresa é
precisamente hoje, e fomos convidados a assistir à sua presentaçâo (entrega
de um presente de despedida). É lindo ver o chefe dizer que agradece o
trabalho por ela prestado e dá-lhe um presente em nome dos colegas e da
empresa. Pode ser um bocado hipócrita, mas é um bocado diferente do que se
faz em Portugal, onde o mais normal é a direcção tentar por todos os meios
possíveis fazer da saída de uma pessoa de (quase) qualquer empresa um dos
processos mais dolorosos do período de trabalho dessa pessoa nessa mesma
empresa. A vontade de voltar é muitas vezes inexistente após sair-se de uma
empresa. É muito normal ser-se visto como um desertor ou traidor e não como
um empregado que deu o melhor de si enquanto esteve a trabalhar para aquela
empresa. Esquece-se depressa esse lado!
Mas acabou de sair fumo branco, por isso, até dia 31.
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