C68 TERÇA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2000
Cláudia em Coronas Height - Fotografia de Rui Gonçalves

Segunda-feira, 17 de Abril de 2000

A Cláudia acordou muito cedo. O jet-lag fez com que cerca das 7h já estivesse de olhos abertos. Eu preocupado não voltei a adormecer e só me levantei depois das donas da casa saírem... Com uma telha de sono!!!

Saímos e fomos para downtown. Parámos no Starbuck's para tomar o pequeno-almoço e de repente estava no Macy's. Eu já sabia que era inevitável, mas andámos por ali a entrar em lojas e a passear cerca de três horas. Bem, não era isto que ansiava num dia de folga e no primeiro dia com a Cláudia, depois de um mês e meio de ausência. Além disso a telha era grande. Até que fomos almoçar e consegui desviar as atenções para mim.

Almoçámos em Market St., no Carls Jr. Um clone do MacDonalds mas que serve tacos, enchilladas e burritos, para além dos normais hamburguers. Comemos umas enchilladas e uns tacos, com feijão em pasta e um molho picante... A típica comida do México em formato comida rápida.

Apanhámos o eléctrico até Castro St. Os eléctricos da Market são geridos por outra companhia de transportes (que aqui devem ser cerca de 10 ou mais diferentes e que operam em zonas geográficas e tipos de transporte diferentes) que não o Muni, e por isso em vez de terem um número são identificados por uma letra. Neste caso apanhámos o 'F'. O eléctrico faz-me lembrar as naves do Flash Gordon, assim redondo e com luzes esféricas. Um típico desenho dos anos 50-60.

Quando chegámos a Castro fomos tomar o café à esplanada do costume. É uma das mais agradáveis e não é muito cara, fica na esquina da 16th com Market.

Mas Castro à segunda está vazia. Impressionante como depois voltámos lá no domingo e a movimentação era muito maior. Mas passeámos por ali, sem ver muito...

Decidi ir mostrar à Cláudia um dos sítios mais bonitos de São Francisco e uma das mais bonitas vistas da cidade. Do cimo do parque de Coronas Height, ali mesmo ao pé de Castro, entre dois pedregulhos consegue-se ver a cidade toda até à baía. Eu já vos mandei uma fotografia do local, mas só lá se consegue sentir a beleza do local e apreciar o silêncio e a calma no meio da grande cidade. Apreciámos a vista e apreciámos o facto de estarmos juntos...

Quando saímos dali, fomos para Haight St. Mas fomos pelo Buena Vista park, que é considerado um dos mais bonitos passeios da cidade. Eu pessoalmente prefiro a vista de Coronas Height... É muito mais compenetradora. Mas de Buena Vista Park consegue-se ver a Golden Gate e quase todos os lados da cidade, por entre as árvores que povoam o parque.

Descemos até Haight e na saída do parque estava a actuar um grupo de jovens de um qualquer grupo religioso cristão. Dançavam e cantavam. Impressionante como em Portugal seriam insultados, mas ali havia um grupo de espectadores e houve quem fosse colaborar numa actuação... Estava-se bem ali ao sol.

Seguimos Haight até decidirmos beber uma cerveja. Entrámos numa cervejaria com fabrico próprio de cerveja caseira e provámos uma Porter e uma Pale Ale, em formato de meio Pint. Um pint são 0,473 de um litro e as cervejas são servidas nessa quantidade... Estão a ver finos de meio litro? Pois bem, quando eu voltar vou achar os finos de 0,20 l pequenos, por isso preparem-se...

Andámos por ali entre lojas de roupa usada, o colorido da rua e as montras com as coisas mais esquisitas que possam imaginar, desde tatuagens a langerie em cabedal. Coisa normais na sociedade moderna...

Ao fim da tarde, voltámos para casa da RM&P. Telefonei à Mariana, para ir buscar o carro que ela me disse que me emprestava.

Saí para ir buscar o carro, mas a Cláudia estava muito cansada e ficou... E quando cheguei quase 2h depois, já estava a dormir. Mas, o autocarro demorou, depois o tipo anda devagar, depois o prédio da Mariana tem 5 campainhas e só por sorte é que a terceira que toquei é que era a dela, além disso conduzir o carro era obra difícil e estacioná-lo perto da casa da RM&P ainda pior.

Ainda estive uns minutos na conversa na casa da Mariana, que decidiu arrumar a casa porque ia receber uns amigos, mas que afinal tinha era desarrumado ainda mais. Mas a casa é porreira. Parece aquelas casas antigas em que as divisões não têm quase lógica, mas eu gosto. Faz-me lembrar a casa da minha avó...

Quando cheguei a casa da RM&P acordei a Cláudia, arrumámos tudo e fomos para Corte Madera.



Índice: Página I1 Col. 1
Próxima Crónica: Página C69 Col. 1