Segunda-feira, 17 de Abril de 2000
A Cláudia acordou muito cedo. O jet-lag fez
com que cerca das 7h já estivesse de olhos abertos. Eu preocupado
não voltei a adormecer e só me levantei depois das
donas da casa saírem... Com uma telha de sono!!!
Saímos e fomos para downtown. Parámos
no Starbuck's para tomar o pequeno-almoço e de repente estava
no Macy's. Eu já sabia que era inevitável, mas andámos
por ali a entrar em lojas e a passear cerca de três horas.
Bem, não era isto que ansiava num dia de folga e no primeiro
dia com a Cláudia, depois de um mês e meio de ausência.
Além disso a telha era grande. Até que fomos almoçar
e consegui desviar as atenções para mim.
Almoçámos em Market St., no Carls
Jr. Um clone do MacDonalds mas que serve tacos, enchilladas e burritos,
para além dos normais hamburguers. Comemos umas enchilladas
e uns tacos, com feijão em pasta e um molho picante... A
típica comida do México em formato comida rápida.
Apanhámos o eléctrico até Castro
St. Os eléctricos da Market são geridos por outra
companhia de transportes (que aqui devem ser cerca de 10 ou mais
diferentes e que operam em zonas geográficas e tipos de
transporte diferentes) que não o Muni, e por isso em vez
de terem um número são identificados por uma letra.
Neste caso apanhámos o 'F'. O eléctrico faz-me lembrar
as naves do Flash Gordon, assim redondo e com luzes esféricas.
Um típico desenho dos anos 50-60.
Quando chegámos a Castro fomos tomar o café à esplanada
do costume. É uma das mais agradáveis e não é muito
cara, fica na esquina da 16th com Market.
Mas Castro à segunda está vazia. Impressionante
como depois voltámos lá no domingo e a movimentação
era muito maior. Mas passeámos por ali, sem ver muito...
Decidi ir mostrar à Cláudia um dos
sítios mais bonitos de São Francisco e uma das mais
bonitas vistas da cidade. Do cimo do parque de Coronas Height,
ali mesmo ao pé de Castro, entre dois pedregulhos consegue-se
ver a cidade toda até à baía. Eu já vos
mandei uma fotografia do local, mas só lá se consegue
sentir a beleza do local e apreciar o silêncio e a calma
no meio da grande cidade. Apreciámos a vista e apreciámos
o facto de estarmos juntos...
Quando saímos dali, fomos para Haight St.
Mas fomos pelo Buena Vista park, que é considerado um dos
mais bonitos passeios da cidade. Eu pessoalmente prefiro a vista
de Coronas Height... É muito mais compenetradora. Mas de
Buena Vista Park consegue-se ver a Golden Gate e quase todos os
lados da cidade, por entre as árvores que povoam o parque.
Descemos até Haight e na saída do
parque estava a actuar um grupo de jovens de um qualquer grupo
religioso cristão. Dançavam e cantavam. Impressionante
como em Portugal seriam insultados, mas ali havia um grupo de espectadores
e houve quem fosse colaborar numa actuação... Estava-se
bem ali ao sol.
Seguimos Haight até decidirmos beber uma
cerveja. Entrámos numa cervejaria com fabrico próprio
de cerveja caseira e provámos uma Porter e uma Pale Ale,
em formato de meio Pint. Um pint são 0,473 de um litro e
as cervejas são servidas nessa quantidade... Estão
a ver finos de meio litro? Pois bem, quando eu voltar vou achar
os finos de 0,20 l pequenos, por isso preparem-se...
Andámos por ali entre lojas de roupa usada,
o colorido da rua e as montras com as coisas mais esquisitas que
possam imaginar, desde tatuagens a langerie em cabedal. Coisa normais
na sociedade moderna...
Ao fim da tarde, voltámos para casa da RM&P.
Telefonei à Mariana, para ir buscar o carro que ela me disse
que me emprestava.
Saí para ir buscar o carro, mas a Cláudia
estava muito cansada e ficou... E quando cheguei quase 2h depois,
já estava a dormir. Mas, o autocarro demorou, depois o tipo
anda devagar, depois o prédio da Mariana tem 5 campainhas
e só por sorte é que a terceira que toquei é que
era a dela, além disso conduzir o carro era obra difícil
e estacioná-lo perto da casa da RM&P ainda pior.
Ainda estive uns minutos na conversa na casa da
Mariana, que decidiu arrumar a casa porque ia receber uns amigos,
mas que afinal tinha era desarrumado ainda mais. Mas a casa é porreira.
Parece aquelas casas antigas em que as divisões não
têm quase lógica, mas eu gosto. Faz-me lembrar a casa
da minha avó...
Quando cheguei a casa da RM&P acordei a Cláudia,
arrumámos tudo e fomos para Corte Madera.
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