QUINTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2000 C25
Garças em Richardson Bay - Fotografia de Rui Gonçalves

Quarta-feira, 9 de Fevereiro de 2000 

Conheci o pai do indiano cá da casa. Não é que saio do quarto e vejo um velho de barba branca e com um turbante vermelho a mexer num saco de plástico. Pensei... Os Hindus apanharam-me como colaboracionista dos Sikhs... Estou feito!!! Mas vê-se mesmo que eu não percebo nada disto, porque quem usa os turbantes vermelhos são os Sikhs.

O trabalho continua a correr... devagar.

E trouxe uma televisão Sony dos arrumos, mas não funciona... Se calhar até funciona, mas não tenho comando para a sintonizar. O indiano apanhou-a na rua e trouxe-a para casa, mas não quer mandar arranjar. Eu também não quero mandar arranjar uma televisão que funciona a 110v... Se alguém a quiser que avise, por enquanto vai outra vez para a cave e de lá vem para o meu quarto uma mais pequena mas que funciona.

Comecei a fazer mais um trabalho para o ICEP. O relatório do estágio, que eu quase não fiz no INESC Porto... o que escrever? Que foi bom? Claro...

Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2000

Peço desculpa pelas repetições e atrasos nas crónicas pt. 22, 23 e 24, que alguns sofreram... Problemas com o servidor das mailing lists estão na origem do problema. Parece que ontem houve um ataque maciço a tudo que é servidor e portal nesta terra do Tio Sam, em que tudo é perfeito e está bem defendido. A FBI anda a mandar com a cabeça contra a parede porque uma quantidade enorme de hackers sem origem definida entrou no hiper seguro servidor do YAHOO e mandou aquilo para as ortigas durante 3 horas.

O Jesse veio-me sugerir uma visita a um restaurante com uma vista espectacular na colina perto dos escritórios. Imagino, o que não se paga por uma bela vista, aqui. Se num restaurante com vista para a retrete se consegue pagar quase dois contos por uma refeição digna do que se está a ver, fará numa com vista sobre a baía. Contei-lhe que fui andar para o Tennessee Valley e trilhos anexos... Claro que como americano orgulhoso da sua terra, pôs-se logo a perguntar se eu não tinha achado aquilo espectacular... Eu como sou um nojento, disse-lhe que achei demasiado estragado. E é verdade, à noite sem luzes e a descer, quase que consegui cair numa derrapagem numa curva... E não imaginam os buracões que estes tipos fazem com os travões... Assim, não admira que fechem os caminhos de pé posto à práctica do BTT, na terra dos usurpadores. Ele só me disse que spoiled sou eu e eu confirmei. Eles que aprendam a andar como nós... Mal!

O computador do Singh já funciona, mas o digitalizador não quis trabalhar para mim, pelo que ainda não vos posso mandar imagens desta terra, captadas pela minha máquina.

Já estou quase a acabar o trabalho para o ICEP. É fácil escrever sobre aquilo que não sabemos... Confiamos plenamente no que nos dizem e pronto escrevemos aquilo que eles querem que se saiba. Fantástico... Assim posso perder mais tempo a visitar SF este FDS.



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