Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2000
Hoje o dia foi um bocado monótono.
Continuo sem ter muito que fazer apesar de já ter
um user na rede da empresa. Instalei o Visual C++ 6.0, mas não
fiz nada com ele.
Estive a compilar as crónicas num doc e vou
arranjar umas imagens e umas fotos para as ilustrar e depois ponho-as
on-line. Vou ter é que omitir alguns nomes, porque há pessoas
que não vão gostar do que eu digo delas... e depois
os americanos com estas coisas... até me dão arrepios.
O meu chefe Ken, ajudou-me a trazer a mala e alguns
sacos que vinham na caixa da bicicleta, aqui para casa. O tipo é porreiro.
Ao contrário de muitos que aqui acham que é o salva-te
como puderes, o tipo até se preocupa. Só não
gostei quando ele decide passar da faixa da esquerda da auto-estrada
para a da direita, a olhar para trás... haviam de ver o camião
que vinha numa das faixas intermédias... a AE tem 4 faixas
naquela zona, e os americanos dão forte no acelerador.
Mas pronto, não se passou nada. E o meu quarto
está a ficar para o caótico.
Quando saí lá para as 19h, estava
um grupo de pessoas a fazer ginástica nas traseiras do edifício
onde são os escritórios. Como eu ponho a Vaynessa
no meu gabinete, depois quando saio, levo-a às costas e
saio pelas traseiras, que até são viradas para a
baía e têm uma paisagem fabulosa... assim até eu
fazia ginástica. E fiz, a carregar um portátil às
costas, monte acima na minha bicicleta Vaynessa.
Por falar nela, hoje apareceu lá um artista
que anda usualmente de bicicleta e disse-me que existem chuveiros
no edifício e que podem ser utilizados. Não sei se
achava que eu estava a cheirar mal... estivemos a discutir bicicletas
e o ignorante não conhecia os Magura, a Sunn e nem a Pace... claro, é um
mundo à parte. Ficou impressionado com a Pace e com os Magura,
mas como estes americanos só gostam de alumínio,
o quadro não lhe disse nada, a não ser o facto de
ser flexível. O gajo nem o Martinez sabia quem era... vai
a Napa comigo que se lixa.
À noite em casa, o Sigh começou a
lamentar-se da vida que leva cá e da vida que levava na Índia.
Pelos vistos o gajo até que nem vivia mal por lá,
mas perdeu o dinheiro todo cá e agora não tem dinheiro
para voltar... diz ele. Cheira-me é que ele sonha e bebe demais... Saí até ao
Safeway, porque já estava farto de o ouvir dizer mal dos
judeus e além disso precisava de comprar algumas coisas.
Comi o primeiro atum desde que cá estou e
vim para a cama escrever-vos.
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