Hoje não foi um dia fácil .
Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2000
Ontem depois do trabalho fui para SF. Saí com
intenções de dar uma voltita, mas quando cheguei
lá já era de noite e só andei a pé.
As lojas já estavam a fechar, mas também, para ver
e não comprar.
Passei em End Haight que é a zona dos hippies,
da qual já tinha falado de lá ter passado no sábado.
Dado curioso, foi o facto de à porta de uma loja de roupa
estar uma fila de pessoas tipo pavilhão da Expo, mas mais
pequena, mas com cordão a separar e tudo. O que era? Era
uma loja em fim de saldos. O preço da roupa era dado pela
cor de um autocolante na roupa. Já tinha visto o mesmo em
Londres, mas não com tanta gente. Eu passei...
Desci para a Pousada e fui jantar. Um magnifico
arroz de galinha chinês que coube na cova de um dente, porque
a Patrícia se lembrou de trazer apenas 6 embalagens quando
nos somos 8. O que vale é que havia pão.
Estivemos a falar com um casal de Dinamarqueses,
com vinte e muitos que andava há seis meses de férias.
O tipo (Chris) dizia que nunca esperaria estar farto de férias,
mas a verdade é que estava e queria voltar para casa. O
governo dinamarquês paga aos estudantes enquanto eles andam
a estudar e os meninos no entretanto foram comprando um apartamento
que venderam quando acabaram o curso e com o dinheiro resolveram
dar a volta ao mundo em 8 meses... mas o dinheiro só durou
6 meses, que pena. Compraram um daqueles bilhetes de avião
de ida e volta para a Nova Zelândia que permite fazer até 6
escalas de cada lado e com duração de um ano, por
duzentos contos e pimba estavam a acabar as férias por aqui,
depois de estarem no Paquistão, Austrália, Nova Zelândia
e mais não sei o quê.
Fui-me deitar. No entretanto mudei de quarto outra
vez... e esqueci-me da chave do antigo quarto e do cacifo no escritório.
Resultado: Não se faz a barba amanhã e não
se tem pijama para dormir. O Diogo empresta o sabonete e o champô.
Fomos parar ao quarto com dois brasileiros para
aí com 32 anos, se somarmos os dois. Entramos em silencio
porque estavam a dormir e falamos baixinho em português.
E diz um deles (depois já termos falado em inglês
entre nos) "Também são brasileiros?"... imaginem
a resposta da galera!!!
Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2000
O dia acordou frio. Especialmente para quem dormiu
sem pijama. E agora está a chover... muito. E eu que não
tenho guarda-chuva.
O meu PC já chegou, mas ainda não
consegui fazer nada com ele... nem com nada. Estou com uma dor
de cabeça e o pensamento está aí em Portugal.
Da minha janela, vê-se a auto-estrada 101
e o trânsito em sentido norte (sair de SF) está parado
e a aumentar. Aproxima-se o fim-de-semana e este pessoal foge.
Eu recusei o convite do meu chefe em ir amanha andar
no barco dele com o resto do pessoal da empresa. Tenho uns assuntos
a resolver com o irlandês e o indiano lá da casa.
Mas outras oportunidades haverão, espero.
Agora vou-me. Estes americanos, tem como habito às
sextas juntarem-se para comer o lanche em conjunto e confraternizarem...
que é que hei-de fazer. Não estou com muita pachorra
para convívios.
Desculpem a seca desta crónica, mas espero
2ª estar mais bem disposto.
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