C8 SEXTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2000
Rosa Morta - Fotografia de Rui Gonçalves

Hoje não foi um dia fácil .

Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2000

Ontem depois do trabalho fui para SF. Saí com intenções de dar uma voltita, mas quando cheguei lá já era de noite e só andei a pé. As lojas já estavam a fechar, mas também, para ver e não comprar.

Passei em End Haight que é a zona dos hippies, da qual já tinha falado de lá ter passado no sábado. Dado curioso, foi o facto de à porta de uma loja de roupa estar uma fila de pessoas tipo pavilhão da Expo, mas mais pequena, mas com cordão a separar e tudo. O que era? Era uma loja em fim de saldos. O preço da roupa era dado pela cor de um autocolante na roupa. Já tinha visto o mesmo em Londres, mas não com tanta gente. Eu passei...

Desci para a Pousada e fui jantar. Um magnifico arroz de galinha chinês que coube na cova de um dente, porque a Patrícia se lembrou de trazer apenas 6 embalagens quando nos somos 8. O que vale é que havia pão.

Estivemos a falar com um casal de Dinamarqueses, com vinte e muitos que andava há seis meses de férias. O tipo (Chris) dizia que nunca esperaria estar farto de férias, mas a verdade é que estava e queria voltar para casa. O governo dinamarquês paga aos estudantes enquanto eles andam a estudar e os meninos no entretanto foram comprando um apartamento que venderam quando acabaram o curso e com o dinheiro resolveram dar a volta ao mundo em 8 meses... mas o dinheiro só durou 6 meses, que pena. Compraram um daqueles bilhetes de avião de ida e volta para a Nova Zelândia que permite fazer até 6 escalas de cada lado e com duração de um ano, por duzentos contos e pimba estavam a acabar as férias por aqui, depois de estarem no Paquistão, Austrália, Nova Zelândia e mais não sei o quê.

Fui-me deitar. No entretanto mudei de quarto outra vez... e esqueci-me da chave do antigo quarto e do cacifo no escritório. Resultado: Não se faz a barba amanhã e não se tem pijama para dormir. O Diogo empresta o sabonete e o champô.

Fomos parar ao quarto com dois brasileiros para aí com 32 anos, se somarmos os dois. Entramos em silencio porque estavam a dormir e falamos baixinho em português. E diz um deles (depois já termos falado em inglês entre nos) "Também são brasileiros?"... imaginem a resposta da galera!!!

Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2000

O dia acordou frio. Especialmente para quem dormiu sem pijama. E agora está a chover... muito. E eu que não tenho guarda-chuva.

O meu PC já chegou, mas ainda não consegui fazer nada com ele... nem com nada. Estou com uma dor de cabeça e o pensamento está aí em Portugal.

Da minha janela, vê-se a auto-estrada 101 e o trânsito em sentido norte (sair de SF) está parado e a aumentar. Aproxima-se o fim-de-semana e este pessoal foge.

Eu recusei o convite do meu chefe em ir amanha andar no barco dele com o resto do pessoal da empresa. Tenho uns assuntos a resolver com o irlandês e o indiano lá da casa. Mas outras oportunidades haverão, espero.

Agora vou-me. Estes americanos, tem como habito às sextas juntarem-se para comer o lanche em conjunto e confraternizarem... que é que hei-de fazer. Não estou com muita pachorra para convívios.

Desculpem a seca desta crónica, mas espero 2ª estar mais bem disposto.



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