Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2000
Depois de vos ter deixado na sexta, fui ao Wells
Fargo tratar de abrir a tal minha conta bancária. Imaginem
vocês que os cheques destes maricones são personalizados,
e até se pode escolher o desenho de fundo dos cheques...
mas também se pagam mais de 3 contos por 150 cheques... é mais
ou menos o preço daí, mas quem é que em 9
meses estoira 150 cheques? Só se eu mudasse de sexo.
Depois fui para SanFran porque isto de não
arranjar apartamento é uma seca. Os gringos não atendem
telefones e põem o voice mail e os atendedores de chamadas
a trabalhar por eles. E como as chamadas locais são de borla
dão-se ao luxo de só responder àquelas chamadas
que interessam. Como eu sou estrangeiro, monto-me.
Mas consegui falar com um e marcar uma ida no domingo
lá para ver o Ap. Mas quando lhe telefonei sábado à noite
para confirmar, recebi a resposta de que já tinha sido tomado.
Ora, foda-se!!!
Mas voltemos a sexta, apanhei o mesmo ferry de volta,
mas desta vez ainda havia luz. Apesar das cores do pôr do
sol e do leve nevoeiro que dava uma aura de melancolia ao momento,
achei que a primeira viagem no ferry foi por certo a mais bonita.
Não sei, se calhar o barco ia mais cheio e havia mais barulho
e mais luz. Há coisas que às escuras são melhores...
Não! Não estava a falar disso, seus perversos!
Cheguei a SF, por volta das 17h30m e já era
noite, pelo que fui para a Pousada, mas passei antes pela Virgin
Megastore e pela CompUSA Megastore para queimar alguns minutos,
uma vez que os meus colegas contacteantes estavam para South SF
a ver apartamentos.
Desde que temos megastores em Portugal que o deslumbre é menor,
mas mesmo assim a CompUSA é qualquer coisa de descomunal...
e tem 5-6 empregados, é o CompCaos. Vi as câmaras
para o PC, com ligação USB a 10 contos, metade do
preço que em Portugal. Quando a tiver começo a marcar
uns encontros com o people aí.
O jantar foi novamente umas embalagens quaisquer
congeladas, porque a Pousada só tem Microondas, mas em breve
vingo-me. O pessoal estava todo estoirado de andar às voltas,
mas parece que já existem possibilidades... para eles.
Sábado, 15 de Janeiro de 2000
Sábado, acordei cedo, como de costume, saí,
e subi a Market Street em direcção a Twin Peaks.
Sim, são dois montes que em tempos foram conhecidos pelos "Breasts
of the young indian"... mas vocês sabem como é que
são estes puritanos e mudaram o nome, para este que influenciou
o nome da série televisiva feita pelo David Lynch.
Fui andando, e quando cheguei quase ao fim, comecei
a estranhar a vizinhança. Gajos muito lavadinhos, aos pares,
mulheres muito másculas e lojas com artefactos de cabedal...
estava na Sissyland, em Castro.
É a zona dos gays e das dykes cá do
sítio. Fantástico. É como ir ao Zoo. Só que
aqui os animais andam à solta e não tem um percurso
panorâmico. Mas tem umas lojas de CDs usados, fantásticas.
Encontrei muita coisa, mas como o orçamento é limitado,
ficou tudo como estava. Mas se quiserem alguma coisa.
Não subi aos Twin Peaks, porque ainda era
longe, mas subi acima de um morro empedrado no fim da 14th. A vista é no
mínimo fantástica. Vê-se a cidade toda e parte
da baia, e a calma é impressionante. Mesmo no meio da cidade.
De novo, faltou estar com a Cláudia, mas em breve poderei
compartilhar estas coisas com ela.
Segui para Haight Street. Eu devo estar com uma
pontaria. Piercings e Tatoos é aqui. E um armazém
de música usada e nova... vocês não estão
a ver uma coisa para aí com metade do tamanho do Carrefour cheio
de discos e CDs. Fugi!!! Para o MacDonalds. Mas lojas de roupa
alternativa e usada é milho. A Cláudia vai adorar
a zona.
Desci Geary até ao sítio onde vão
actuar os Gomez em Fevereiro, para ver se comprava os bilhetes,
mas não devem vender os bilhetes ali, porque nem porta vi...
acho eu.
Voltei à Pousada, para jantar. Canelonis...
maravilhosos, o que vale foi a Bud de litro para melhorar o ambiente,
porque senão. Mas o mais divertido, foi ir comprá-la.
Fui com o Diogo, ao super debaixo da pousada e quem nos atende é o
pedinte da esquina que se mete sempre com o pessoal e começou
a gozar. Quando lhe perguntámos o preço, ele baixinho
disse para irmos a outra, dois blocos (sim, já estou a aprender
com os cromos) abaixo que era mais barata, mas que antes deixássemos
alguma coisa no pedinte da esquina que era amigo dele.
Jantamos e o Diogo foi para a Noite. Eu estive a
conversar com as miúdas e a matar moscas na pousada até ir
dormir.
Agora tenho que parar, porque um cromo aqui da empresa
precisa desta maquina. Depois continuo com as aventuras de domingo.
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