SEGUNDA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2000 S3

2. Demografia

Uma projecção, baseada na amostra actual da população americana, recentemente realizada pela Agência Norte-Americana de Censos, prevê que no ano 2100:

A população possa atingir os 571 milhões, mais do dobro da actual. Os hispânicos possam ser 190 milhões, cerca de seis vezes mais que hoje e que os Asiáticos americanos possam chegar aos 72 milhões, sete vezes o valor actual.

Os brancos não-hispânicos deixam de ter uma maioria confortável na população e caem dos 72% actuais para 40%. Os hispânicos de qualquer raça sobem dos 12% para os 33% e os asiáticos de 4% para 13%. Os negros não-hispânicos prevê-se que se mantenham nos actuais 13% da população.

Segundo os responsáveis por este estudo, quanto mais próximo estamos de 2050, mais é difícil de fazer uma distribuição racial da população norte-americana, uma vez que os casais interraciais serão cada vez mais e a percepção de raças que temos hoje, deixará de existir. É a velha teoria do "melting pot" da população dos EU.

Em relação à distribuição etária da população, prevê-se um envelhecimento da população. É esperado que o número de pessoas com mais de 65 anos quadruplique, chegando aos 131 milhões e que destes, 5,3 milhões sejam centenários, bem mais que os actuais 59 mil.

População Total

A taxa actual de crescimento da população é moderada, de 0,89% e, a esperança de vida à nascença é elevada: 72,75 anos para os homens e 79,49 anos para as mulheres. A idade média da população ronda os 34,5 anos.

Fig. 6 - Projecção, por idades, da População em 2000.

Fig. 7 - Distribuição da População em 1990.

Estima-se que, 76% da população dos EU viva em zonas urbanas, sendo esta tendência menos notada nas zonas agrícolas, de montanha e desérticas e mais notada junto à costa, sendo a maior cidade do país, em densidade e número de habitantes, Nova York.

Fig. 8 - Distribuição da População residente em zonas urbanas em 1990.

A população norte-americana, se por um lado sempre mostrou uma grande abertura e aceitação social a pessoas de diferentes origens étnicas, religiosas e culturais, por outro lado, esta promiscuidade cultural, tem gerado conflitos raciais e sociais complicados e de difícil resolução, como o de 1992 em Los Angeles.

Em 1996, cerca de 80% dos Norte Americanos com mais de 25 anos, tinha completado o ensino secundário. Cerca de 15,6% da população tinha frequentado o ensino superior e 7,8% tinha uma pós-graduação. O analfabetismo está virtualmente eliminado, existindo apenas 2,4% da população com mais de 25 anos, que é considerada analfabeta "funcional".

Califórnia

No último ano, a Califórnia foi em termos absolutos o estado que mais cresceu em número de habitantes, embora ocupe apenas a décima posição em termos percentuais, aumentando a população desde 1990 a 1998 em 2,75 milhões, ou seja, cerca de 9%. É também o estado que mais imigrantes recebe nos EU com cerca de 270 mil no último ano e mais de 2 milhões e meio na última década, quase um terço do total no país inteiro. Por outro lado é o segundo estado que mais população perde por migração interna entre estados com apenas 90 mil no último ano mas, com 2 milhões na última década.

A Califórnia que tinha 12% da população nacional em 1995, espera-se que terá cerca de 15% em 2025. A maioria da população asiática e hispânica do país encontra-se na Califórnia, chegando esta última a representar 36% da população total do estado.

Este aumento da população na Califórnia tem feito deslocar para sudoeste o centro geográfico médio da população dos EU, como mostra a imagem.

Fig. 8 - Centro Geográfico Médio da População.

A população é essencialmente urbana, sendo Los Angeles a segunda maior cidade, do país, em número de habitantes e San Francisco a segunda maior cidade em densidade de habitantes. As cidades da Califórnia são conhecidas pela sua tolerância, e são apontadas como tendo uma atitude de viver-e-deixar-viver, como regra das relações interpessoais.



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