Porto Santo I

Dia V - Terça-Feira - 3/8/99
Caminhar, Bicicletas, Praia e o Zarco



 
    Dormir no convés, ajudado pelo baloiçar do navio e amanhecer com a maravilhosa vista da ilha de Porto Santo é de certeza das melhores imagens que se pode guardar desta viagem.

    A manhã decorreu como todas as anteriores, até ao momento que se apanhou a primeira semi-rígida para terra. Depois de alguns planos elaborados no ar e pela adesão de alguns dos instruendos e até do Cabo Florentim aos nossos projectos, adivinhava-se um dia em cheio. Enquanto alguns instruendos, que não se encontravam de serviço na navio, escolhiam a praia para passar o dia, cinco e o Cabo resolveram dar a volta à ilha pelos picos dos montes.
 

Dormir no Convés - Fotografia de Rui Gonçalves
    Assim, fomo-nos juntando no pontão, enquanto chegavam as semi-rígidas, e depois de se comprar água partimos em direcção aos moinhos da Portela, seguindo a estrada que leva ao miradouro. Se a vista que se tem da baía já é por si magnifica, com o “Creoula” ali fundeado torna-se ainda melhor.
 
Moinhos e Baía vista da Portela - Fotografia de Rui Gonçalves     Mas o dia é curto e há muito para ver, por isso lançamo-nos à aventura em direcção ao Pico do Castelo sem tomar qualquer caminho assinalado e em plena linha recta. Passamos no sopé do Pico do Facho que é o ponto mais alto da ilha e finalmente chegamos ao sopé do Pico do Castelo. Desde esse ponto ao pico segue uma escadaria que sob o sol do meio-dia fez parecer que estaríamos a escalar a Torre de Babel, mas se existe sítio agradável em Porto Santo para se estar é o Pico do Castelo, graças à vegetação que ali foi plantada por um iluminado guarda florestal.

    Depois de recuperados da subida, quase sem água e apenas algumas bolachas, havia que descer para nos encontrarmos com mais alguns instruendos, que terminavam o seu serviço às 14h00m, para um belo repasto, antes de partirmos na aventura de ir visitar a Pedreira da Ana Ferreira.

    Depois de um mergulho nas águas do Atlântico, mesmo ali ao lado da esplanada, de onde fomos expulsos pelo vento que se fazia sentir e que fez um de nós voar agarrado a um guarda-sol sobre as mesas, fomos almoçar. Ao almoço tivemos uma pequena sessão de nós com o Cabo Florentim e um belo bife com batatas fritas e (claro) Coral.
 

Subida ao Pico do Castelo - Fotografia de Rui Gonçalves
    Como nestas alturas a vida corre devagar e temos tempo para apreciar convenientemente estes momentos da vida, quando acabamos de almoçar eram quase horas de lanchar. Mas, se éramos cinco instruendos quando começámos a aventura de manhã, agora já éramos nove instruendos e o Cabo Florentim. Este tratou de combinar com um miúdo de uma loja de bicicletas, o aluguer destas a preço que conviesse a dez pessoas, e partimos em direcção à Pedreira da Ana Ferreira.
 
Subida de bicicleta - Fotografia de Rui Gonçalves     Os primeiros quilómetros na estrada ao longo da praia foram um agradável passeio, mas quando entramos no caminho de terra, que subia até ao monte, a coisa começou a doer. Não só as pernas e os pulmões de alguns não estavam habituados àquelas andanças, como as bicicletas eram menos boas, desajustadas e estavam nas piores condições de manutenção possível. Mas a distância não era longa e a pé e a empurrar as bicicletas lá chegamos… aliás melhor do que um carro com cinco pessoas que lá quis chegar também.
 

    Se os instruendos que de manhã subiram ao Pico do Castelo estavam cansados, os outros não tinham culpa e seguiram até ao Pico da Ana Ferreira com o Cabo, enquanto os outros ficaram por ali a arranjar alguma… como se pode ver pela fotografia tirada quando todos regressaram.
 

Pedreira da Ana Ferreira - Fotografia de Rui Gonçalves

    A descida de bicicleta foi mais fácil do que a subida, embora bem mais perigosa, com os travões das bicicletas naquele estado. Devolveram-se as bicicletas ao legitimo proprietário com as respectivas reclamações e enquanto uns seguiram para o navio para entrar de serviço, os outros foram para a praia.

    O resto da tarde foi passado na praia, até que, com aquelas aventuras todas, houve quem sentisse a necessidade de nadar até ao navio para tomar banho antes de jantar.

    Na semi-rígida das 20h00m chegavam os instruendos que tinham ido a nadar até ao “Creoula” e os que voltavam de serviço, para um jantar mais calmo, porque nessa noite largaríamos de Porto Santo em direcção ao Funchal. Por essa razão, retornamos ao “Creoula” logo após a Poncha que fomos tomar à taberna em frente ao Zarco, na semi-rígida da 23h30m.

    O “Creoula” largou ferro às 4h00m.

Creoula Fundeado - Fotografia de Rui Gonçalves



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