Dormir
no convés, ajudado pelo baloiçar do navio e amanhecer com
a maravilhosa vista da ilha de Porto Santo é de certeza das melhores
imagens que se pode guardar desta viagem.
A manhã decorreu como todas as anteriores, até ao momento
que se apanhou a primeira semi-rígida para terra. Depois de alguns
planos elaborados no ar e pela adesão de alguns dos instruendos
e até do Cabo Florentim aos nossos projectos, adivinhava-se um dia
em cheio. Enquanto alguns instruendos, que não se encontravam de
serviço na navio, escolhiam a praia para passar o dia, cinco e o
Cabo resolveram dar a volta à ilha pelos picos dos montes.
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Assim, fomo-nos juntando no pontão, enquanto chegavam as semi-rígidas,
e depois de se comprar água partimos em direcção aos
moinhos da Portela, seguindo a estrada que leva ao miradouro. Se a vista
que se tem da baía já é por si magnifica, com o “Creoula”
ali fundeado torna-se ainda melhor.
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Mas o dia é curto e há muito para ver, por isso lançamo-nos
à aventura em direcção ao Pico do Castelo sem tomar
qualquer caminho assinalado e em plena linha recta. Passamos no sopé
do Pico do Facho que é o ponto mais alto da ilha e finalmente chegamos
ao sopé do Pico do Castelo. Desde esse ponto ao pico segue uma escadaria
que sob o sol do meio-dia fez parecer que estaríamos a escalar a
Torre de Babel, mas se existe sítio agradável em Porto Santo
para se estar é o Pico do Castelo, graças à vegetação
que ali foi plantada por um iluminado guarda florestal. |
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Depois de recuperados da subida, quase sem água e apenas algumas
bolachas, havia que descer para nos encontrarmos com mais alguns instruendos,
que terminavam o seu serviço às 14h00m, para um belo repasto,
antes de partirmos na aventura de ir visitar a Pedreira da Ana Ferreira.
Depois de um mergulho nas águas do Atlântico, mesmo ali ao
lado da esplanada, de onde fomos expulsos pelo vento que se fazia sentir
e que fez um de nós voar agarrado a um guarda-sol sobre as mesas,
fomos almoçar. Ao almoço tivemos uma pequena sessão
de nós com o Cabo Florentim e um belo bife com batatas fritas e
(claro) Coral.
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Como nestas alturas a vida corre devagar e temos tempo para apreciar convenientemente
estes momentos da vida, quando acabamos de almoçar eram quase horas
de lanchar. Mas, se éramos cinco instruendos quando começámos
a aventura de manhã, agora já éramos nove instruendos
e o Cabo Florentim. Este tratou de combinar com um miúdo de uma
loja de bicicletas, o aluguer destas a preço que conviesse a dez
pessoas, e partimos em direcção à Pedreira da Ana
Ferreira.
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Os primeiros quilómetros na estrada ao longo da praia foram um agradável
passeio, mas quando entramos no caminho de terra, que subia até
ao monte, a coisa começou a doer. Não só as pernas
e os pulmões de alguns não estavam habituados àquelas
andanças, como as bicicletas eram menos boas, desajustadas e estavam
nas piores condições de manutenção possível.
Mas a distância não era longa e a pé e a empurrar as
bicicletas lá chegamos… aliás melhor do que um carro com
cinco pessoas que lá quis chegar também.
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Se os instruendos que de manhã subiram ao Pico do Castelo estavam
cansados, os outros não tinham culpa e seguiram até ao Pico
da Ana Ferreira com o Cabo, enquanto os outros ficaram por ali a arranjar
alguma… como se pode ver pela fotografia tirada quando todos regressaram.
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A descida de bicicleta foi mais fácil do que a subida, embora bem
mais perigosa, com os travões das bicicletas naquele estado. Devolveram-se
as bicicletas ao legitimo proprietário com as respectivas reclamações
e enquanto uns seguiram para o navio para entrar de serviço, os
outros foram para a praia. |
O resto da tarde foi passado na praia, até que, com aquelas aventuras
todas, houve quem sentisse a necessidade de nadar até ao navio para
tomar banho antes de jantar.
Na semi-rígida das 20h00m chegavam os instruendos que tinham ido
a nadar até ao “Creoula” e os que voltavam de serviço, para
um jantar mais calmo, porque nessa noite largaríamos de Porto Santo
em direcção ao Funchal. Por essa razão, retornamos
ao “Creoula” logo após a Poncha que fomos tomar à taberna
em frente ao Zarco, na semi-rígida da 23h30m.
O “Creoula” largou ferro às 4h00m. |
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