Embora me tenha parecido
muito mais fácil retornar, a verdade é que há sempre
um sentimento de saudade e nostalgia associado à partida.
E acho que só me apercebi disso no início desta semana
quando retornei a Reading. Quando voltei a fazer uma
aula de Kundalini Yoga com a Deirdre, andei nos comboios,
comi no Pizza Express, conduzi do lado contrário da estrada
ou bebi uma Ale no Cafe du Sport, é que senti que sentia
saudades destas coisas. No fundo tentei esquecer isso
lembrando-me de coisas que também tinha saudades.
Mas voltemos a Inglaterra e a segunda-feira
[13 de Dezembro de 2004], quando foi a minha surpresa
de sair do avião da TAP e deparar com um sinal a dizer
London Gatwick. Eu sempre voei para Heathrow e pelos
vistos a TAP mudou os destinos. De repente estava bem
mais longe de conseguir chegar à aula da Deirdre a horas,
do que eu pensava e tinha planeado. O que vale os ingleses
são um bocado limitados e apenas sabem as estradas óbvias
para chegar ao destino e o taxista que nos (a mim e ao
Paulo) foi buscar ia pela M4. Deixou-me à porta do centro
de lazer 5 minutos antes da hora. Luxo!
Mas sem deixar fugir o assunto dos taxistas, à vinda,
e quando voltávamos a Gatwick na quarta-feira [15 de
Dezembro de 2004] a conversa no taxi ia muito amena,
enquanto se falava de futebol, Mourinho, Cristiano Ronaldo,
Chelsea, Arsenal e Manchester United. De repente olho
para a janela para o lado esquerdo (para a faixa mais
lenta – eles conduzem ao contrário lembram-se?) e vejo
um camião mesmo ao lado da minha porta e a dar pisca
para virar à direita. Nada de anormal... O camião foi
ficando para trás e de repente 'PUMMM'. Estava a arrastar
a traseira do Mercedes para o lado em direcção à faixa
de fora onde estava outro carro. De repente o camionista
apercebe-se do que está a fazer e guina para a esquerda
e o Mercedes começa a andar aos ésses pela estrada fora.
O taxista entrou em pânico! Assim que
ambos pararam na berma ele sai para ver os estragos e
treme que nem varas verdes. Eu e o Paulo nem nos mexemos.
Até que pudemos sair para ajudar o taxista a falar com
um camionista que era alemão e não falava inglês. Grande
ajuda! Pelo menos sabíamos o que era a carta verde, porque
o inglês não a tinha.
Acendeu um 'fag' bebeu uma cola
e telefonou ao 'boss'. Depois lá conseguiu pensar!
Pediu a cada um de nós para escrever o nome e contacto
na parte de trás de um papel velho, como testemunhas
e pediu ao alemão para fazer o mesmo como culpado. No
entretanto telefonou à polícia, não por causa do alemão,
mas porque eu e o Paulo podíamos ter sofrido alguma lesão
e pôr a empresa em tribunal para receber uns cobres.
Lá escrevemos no mesmo papel rançoso "I am Ok" e
assinámos... E fomos para o aeroporto.
No aeroporto foi a confusão para meter
todos os telemóveis que me pediram para levar numa mochila
tão pequena. Só os encontrei no aeroporto, porque estão
esgotados em todo o lado. Também àquele preço... Mas,
temi ser considerado um contrabandista à chegada ao Porto,
mas não houve problema. Problema houve foi já dentro
do avião, quando um passageiro resolveu começar a insultar
os assistentes de bordo e estes sem qualquer tipo de
clemência chamaram a segurança e o homem foi levado.
O problema é que isso implica retirar as malas dele do
porão e lá partimos mais uma vez atrasados. Sair de casa
só nos coloca em aventuras!
O curso que fui assistir foi muito bom!
Mas não vos vou maçar com teorias de gestão de tempo
e gestão de tarefas. De qualquer maneira tenho que acabar
porque hoje sou o fotógrafo oficial da empresa no Jantar
de Natal. Nada como ter funcionários multi-facetados...
Bom Natal a todos! E um feliz ano de 2005!
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