TERÇA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO DE 2001 TY
Obrigado - Fotografia de Rui Gonçalves

Obrigado!

Pode parecer vaidade mas tenho que me sentir orgulhoso daquilo que conquisto. E, poder ter alguém a quem agradecer e contar aquilo que acontece na minha vida é o que mais me orgulha.

Escrevo isto porque no passado sábado fui considerado o melhor estagiário do terceiro programa do Contacto@ICEP, a par com a minha querida amiga Joni. A prenda que nos foi dada, pelo Ministro da Economia Dr. Mário Cristina de Sousa, visa premiar a qualidade dos trabalhos realizados, assim como o trabalho desenvolvido para a divulgação do espírito do programa.

Mas, não considero que o prémio seja só meu.

Como penso que aquilo que mais me diferenciou dos outros estagiários foram as minhas Crónicas da Califórnia e como na altura da atribuição do prémio fui apanhado de surpresa e não fui capaz de poder agradecer a todos aqueles que fizeram com que esse dia tenha sido tão especial, fiz aqui um agradecimento especial.

Eu gostaria de agradecer a todos os que me ajudaram a consegui-lo e que sem eles a minha vida nos nove meses que estive expatriado teria por certo sido bem mais difícil, se não impossível.

Em primeiro lugar, à minha esposa Cláudia que acedeu em encarar esta aventura comigo e que por isso foi quem mais sofreu com a minha ausência. A que mais me apoiou nos momentos difíceis, que esteve ao meu lado nos momentos mais bonitos e que fazia brilhar o sol mesmo nos dias mais escuros.

Aos meus Pais que me fizeram aquilo que sou hoje e que semana após semana lembravam-se mais de mim que eu deles. O telefone funcionou quase só num sentido.

À Mariana Oom, que me esticou a mão nos momentos mais negros e me esbofeteou com verdades que eu não queria ver. Emprestou-me, vezes sem conta, o famoso bólide que me levou a ver coisas que de outra maneira não seria possível e que eu, ingrato, deixei num estado lastimoso.

À Rita Machado, Mónica Pinto e Patrícia Chaves por terem sempre a porta do seu apartamento aberta, uma cerveja e um cigarro para compartilhar. E, por serem umas verdadeiras amigas, em especial à Rita que esteve sempre disponível para me ouvir desabafar as tristezas e compartilhar as alegrias.

Ao Tiago Sacchetti, Tiago Sanches, Joana Pinto e Nuno Moura pela sua alegria de viver e amizade. Porque perto deles era difícil não estar feliz.

Aos Sillies. Todos sem excepção, por terem conseguido criar uma comunidade de várias culturas e assim terem colorido a minha estadia. E, por compartilharem comigo valiosas experiências de vida.

Ao Jesse Devenport, que tudo fez para que eu me sentisse na Califórnia como se estivesse em Portugal. E, que acima de tudo é um amigo para a vida que nunca esquecerei. A minha tatuagem foi feita graças a ele.

Ao Ken Pimentel que nunca foi meu chefe, mas um companheiro de maravilhosas tardes de vela na baía. Obrigado a toda a tripulação.

Ao Ben Goldstein, Darren Ansley e Johanna Jones, que se tornaram companheiros e amigos, com quem passei memoráveis momentos de alegria. E, que espero não tenham acabado.

A todos na Sense8/EAI que fizeram tudo para que não me sentisse deslocado, especialmente ao Srikumar Nair e ao Floyd Sandiford, pelos momentos de troca de conhecimentos e experiências.

Ao Singh, por me aturar e me ter como companheiro de casa, sem reclamar com os estranhos cheiros da cozinha portuguesa e os estranhos costumes de um português.

Aos Biscoitos. É difícil saber o que dizer de um grupo de amigos cujas experiências em comum são das mais importantes da vida e que o facto de existirem já faz com que eu me sentisse feliz. Em especial ao Nuno Monteiro que me soube dar atenção quando precisei.

Aos receptores das Crónicas, quer tenham sido leitores ou não. Isso não era o importante. O importante era saber que existia pelo menos alguém desse lado.

A todos os Contacteantes, pela sua coragem e pela sua alegria que todos os dias enchiam a minha caixa de correio com experiências de força para lutar e ir em frente. Em especial a Raquel Soares, o Nuno Fonseca e o Mário Nunes pela sua força e apoio.

A todos os Contactantes, pessoas ou instituições por terem conseguido levar este programa para a frente. Em especial ao António Mesquita, à Áurea Antunes, à Gabriela Chouzal e ao A. Augusto de Sousa que mesmo depois de se afastarem do programa conseguiram manter o contacto e preocupar-se com o decorrer do meu estágio.

Ao meu tutor, Pedro Matos, por ter sido um amigo sem saber exactamente quem eu era.

E por fim, à Vaynessa, a minha companheira de todos os momentos. Qual montada de um cowboy que parte em direcção ao pôr-do-sol e que me acompanhou desde Portugal para a última fronteira.

Obrigado a todos!!!

Thank You!

This maybe looks like vanity but I have to be proud of what I can achieve. And, have someone to whom I can thank and tell what happens in my life is what fills me up with pride.

I am writing this because last Saturday I was reckoned the best trainee of the third Contacto@ICEP program, with my good friend Joni. The present given by the Economics Ministry Dr. Mário Cristina de Sousa aims to reward the quality of the papers done during the internship as well the work developed with the intent of reveal the spirit of the program.

But, I cannot take this award as only mine.

As I think that what distinguished me the most from the others trainees were the California Chronicles and because I was taken by surprise and I didn’t have the chance to thank all the people that manage to help me in transform that day in a so special one, I did here something special to express my gratitude.

I would like to thank everyone who helped me to achieve it and without whom my life in the nine months I spent abroad would be for sure more difficult, if not impossible.

First of all, to my wife Cláudia who agreed to go for this adventure with me and because of that she was the one that suffered more with my absence. The one that supported me the most in the bad moments, that was at my side in the most beautiful moments and made the sun shine even in the darkest days.

To my Parents that made me what I am and week after week remembered me more than I remembered them. The phone almost just worked in one way.


To Mariana Oom, who gave me a hand in the most darkest moments and slapped me with truths I didn’t want to see. She lend me, so many times, the famous bolide that drove me around to see a lot of things that were not possible to see in any other way and that I unthankfully left in a lamentable shape.

To Rita Machado, Mónica Pinto and Patrícia Chaves for keeping always the apartment door open and for having a beer and a cigarette to share. And for being true friends, specially Rita who was always available to listen in my sadness and share my happiness.

To Tiago Sacchetti, Tiago Sanches, Joana Pinto and Nuno Moura for their living joy and friendship. It was difficult not be happy by their side.

To the Sillies. All of them with no exception, for the fact that a multi-cultural community was created and in that way coloured my stay. And for sharing with me valuable life experiences.

To Jesse Devenport, who made everything he could to make me feel like I was at home. And above all he is a friend for life that I will never forget. Thanks to him my tattoo was made.

To Ken Pimentel who was never my boss but a good companion in wonderful sailing afternoons in the bay. Thanks to all crew.

To Ben Goldstein, Darren Ansley and Johanna Jones, that became companions and friends with whom I spent memorable moments of joy. I hope that moments haven’t finished, yet, dude!

To all in Sense8/EAI that made everything they could to make me feel part of the team, especially Srikumar Nair and Floyd Sandiford, for the moments of exchange of knowledge and experiences.

To Singh, for stand me as a roommate, with almost no complain about the smell of Portuguese food and about the strange habits of a Portuguese guy.

To the Biscuits. It is difficult to say anything about a group of friends, which the life experiences in common are among the most important in my all life and the fact that they exist it is already a reason for happiness. Especially to Nuno Monteiro that knew exactly when I needed some attention.

To all receivers of my Chronicles, either readers or not readers. That was not the most important. The important was to know that there was at least someone on that side.

To all members of Contacto, for their courage and their joy that everyday filled my mailbox with experiences of strength to keep fighting and keep going. Especially to Raquel Soares, to Nuno Fonseca and to Mário Nunes for their strength and support.

To all organization of Contacto, institutions, companies and persons for made this program a reality. Especially to António Mesquita, to Áurea Antunes, to Gabriela Chouzal and to A. Augusto de Sousa for keeping in touch and worry about the way the internship was running, even after they left the program.

To my tutor, Pedro Matos, for being a good friend even without knowing exactly who I was.

And at last, to Vaynessa, my lady companion of all moments. Like a riding horse of a cowboy that leaves at the sunset, she kept up with me from the moment I left Portugal to the last frontier.

Thank you all!!!



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